terça-feira, 5 novembro, 2024

Guerreiros são guerreiros… Em qualquer lugar

Meu rolê se iniciou na sexta feira a tarde, mas antes de tudo liguei diretamente pro Rio de Janeiro,  “pra da um parecer pra minha pretinha, qual seria o meu role, no bom sentido é claro!” (Detalhes a parte). Direto da São Judas, sentido Av Santos Dumont, fiquei a espera do Coletivo 342, o conhecido e lotado “Jd Cumbica”. Ao embarcar resolvi dar um ligo para o Trindade, pois a essa hora – 17:40 – ele já estava na goma, ja havia firmado com ele há uma semana pra colar na livraria Suburbano Convicto.

Até então nada do parceiro atender, mas na hora lembrei que o parceiro tava no corre de casa, esposa e filhas. Já sabemos qual é a responsa…

Sentido ao centro, lá vou eu! Foi aí que me recordei do 1ª evento e apresentações do grupo N.L.

Na época formando por Nega Sandy, Adriano, Chock , Dj Charles e Marquinho. Fazíamos maior auê no fundo do coletivo, freestyle e eu lá no meio! Por mais longe que fosse a apresentação, estávamos lá com ou sem grana, para expor os pensamentos e idéias para  a multidão.

Como de praxe, sabíamos que nossa responsa era subir no palco e mandar o bom conteúdo e trocar idéia com a laia presente do Hip Hop. Hoje, sendo apenas 04 integrantes, eu vejo que muita coisa mudou, tanto para mim quanto para os demais do grupo, não deixando o que gostamos, que é o verdadeiro Rap. Independente das dificuldades pessoais do dia a dia e da vida, pois somos guerreiros e acima de tudo brasileiros.

Chegando no terminal Armenia, lá vou eu de novo embarcar em outro coletivo, 106a – Itaim Bibi (Que rolê mano!). Ao chegar na Suburbano Convicto, Buzo, como sempre recebendo bem as pessoas e logo em seguida DMA, mais um guerreiro bem receptivo também. Na sequência ganhei logo de cara o DVD Mãe do Hip Hop, conheci uma rapziada nova e as 19:30, iniciou-se o bate papo com DMA, no qual ele contou um pouco da sua trajetória e que me fez relembrar algo que aconteceu comigo dentro do hip hop há cerca de 4 anos atrás, e a historia dele veio como fonte de inspiração de acreditar que é possivel, quando lutamos em prol do que queremos, não apenas dentro do hip hop, mas também pessoalmente.

No sábado, não tinha certeza se era possível comparecer no Favela Toma Conta, em São Miguel Paulista devido ao curso técnico que estou fazendo, pois era dia de prova, mas como a parada estava a meu favor, a bendita prova foi adiada (que sorte!!).

Direto da Penha, sentido divisa de São Miguel / Itaim, no rolé, apenas Deus e eu, chegando no local do Favela Toma Conta, a rapaziada estava presente e pude conferir a banca do Rio de Janeiro em peso: MC Marechal, Dudu de Morro Agudo, Pevirguladez e DuGhettu. Sensacional!!!

E para todos verem como é a correria de cada um, independente da quebrade, cidade ou estado, estamos sempre na ativa para levar a boa música em forma de protesto, informação e auto-ajuda, pois Guerreiros são guerreiros, em qualquer lugar.

Por Antônio Marco
antonio_marco_pereira@live.com – marco_p@ig.com.br – gruponossalaia@gmail.com

Sites
www.nossalaia.tk
www.myspace.com/nlprodu
www.twitter.com/nossa_laia

Sobre Instituto Enraizados

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

Além disso, veja

De Jay-Z a Palmares: As histórias por trás do “Galo de Luta”

Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como "Galo de Luta", compartilha sua jornada desde a infância até se tornar um ativista e artista de rap. Inicialmente apelidado de "Sete Galo" devido à famosa moto CBX 750, sua vida foi marcada por desafios e confrontos com a realidade da periferia. Inspirado por figuras como Mano Brown e Malcolm X, Paulo encontrou no rap e na leitura uma maneira de expressar suas ideias e buscar uma transformação pessoal e social. Apesar das dificuldades, sua busca por identidade e consciência o levou a se tornar o "Galo de Luta", um símbolo de resistência e luta por justiça social.

6 comentários

  1. adooOOOreeei!

    muitooO bom!

    Nada mais do que nossa verdade… no dia a dia de cada um, afinal Guerreiros são guerreiros…. em qualquer lugar!!!

    beijoooos da Maahlokeira
    (:

  2. Fico feliz que ainda existe pessoas q correrm pelo lcerto…ae parceiro sem palavrar guerreiro é guerreiro em qualquer lugar…salve…

    Aida Laís

  3. Até que enfim !um loko da quebrada representando….paz meu parceiro,e logo mais agente se tromba em algum evento…

  4. muito bom continue assi que vc vai longe…..
    deus te abençoe hj e sempre

  5. O que posso falar Marquinho, depois que você já falou tudo? É bem como você disse mesmo, Guerreiros são guerreiros… Em qualquer lugar! Chega na quebrada e fica como tem que ficar, leva sua presença, suas idéias pra onde vai. Mas principalmente respeitando e não desmerecendo a quebrada e as pessoas que ali residem… Pra poder ir embora, mas sempre deixando a porta aberta pra voltar ! Sucesso…

Deixe um comentário