terça-feira, 16 abril, 2024

Lançamento do Livro do Escritor Julio Ludemir

Três eventos povoaram minhas noites de insônia ao longo deste morno 2010: fiz 50 anos, encalacrei-me com os juros do cheque especial e tive que assinar um documento autorizando a Planeta a incinerar os exemplares de “Lembrancinha do Adeus”, encalhados no depósito da editora.

Não acho que seja papel do escritor ser camelô da própria obra, nem estou querendo chantagear minha rede com um discurso que na prática se assemelha ao de um loser. Mas os poucos leitores do “Lembrancinha” concordam que ele é o melhor dos seis livros que publiquei, além dos diversos que aguardam o dia em que o HD do meu computador queime.

Achei quase inquisitorial a cena dos livros sendo queimados e por isso resolvi juntar o útil ao agradável, promovendo um bazar que me permita celebrar meus 50 anos, amortizar parte da dívida junto ao banco e salvar pelo menos alguns exemplares do “Lembrancinha” da fogueira da Planeta. Espero contar com o sorriso de todos nesta que será uma tardia noite de autógrafos, ainda que tenha certeza dos surtos de sudorese que me aguardam até a noite de 23 julho, na sexta-feira.

Lembro por fim que a paranoia de que não serei prestigiado por nenhum dos meus amigos vem me impedindo de fazer noites de autógrafo e de comemorar meus aniversários. Não me façam crer que eu estava com a razão.

SERVIÇO
Local: Espaço Cultural Sylvio Monteiro
Dia: 23/07/10 – sexta-feira
Horário: a partir das 18 h
Preço do exemplar: R$ 10

Sobre Dudu de Morro Agudo

Rapper, educador popular, produtor cultural, escritor, mestre e doutorando em Educação (UFF). Dudu de Morro Agudo lançou os discos "Rolo Compressor" (2010) e "O Dever Me Chama" (2018); é autor do livro "Enraizados: Os Híbridos Glocais"; Diretor dos documentários "Mães do Hip Hop" (2010) e "O Custo da Oportunidade" (2017). Atualmente atua como diretor geral do Instituto Enraizados; CEO da Hulle Brasil; coordenador do Curso Popular Enraizados.

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O papel da educação clandestina na formação Política

Este texto reflete sobre o conceito de "Educação Clandestina", destacando sua abordagem contrária ao ensino formal. Explora as lacunas do sistema educacional brasileiro, particularmente em relação à alfabetização e ao letramento nas escolas periféricas. Descreve como movimentos sociais reúnem conhecimentos diversos, ausentes das instituições formais, promovendo uma troca que desafia o status quo. Aponta a importância da conscientização política e da ação crítica na transformação da realidade. Destaca a educação clandestina como um processo contínuo de formação política, capaz de despertar indivíduos para a realidade e capacitá-los a questionar, refletir e agir em prol da mudança social.

01 comentário

  1. Pode crer. Eu estive com ele hoje, aliás, eu o conheci hoje. Gente boa, ficou interessado numa matéria sobre mim e deu essa missão a uma de suas jovens repórteres.
    Se possível, estarei lá prestigiando este evento.

    PAZ

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