I Need a Doctor: seria mais um sinal eminente de Detox…?!

“Detox”, a obra-prima do rapper, produtor musical e ator, “Dr. Dre”, pelo visto está prestes a ser concluída. Terceiro álbum de estúdio de Dre, Detox estava inicialmente com data de lançamento prevista para 2004, porém, veio a decisão de adiamento de lançamento para 2011, por se tratar do último trabalho de sua carreira como rapper. Assim sendo, como um bom vinho que passa pelo longo processo de envelhecimento, Dre reuniu nomes importantes do cenário do Rap americano como Alex da Kid, Elly Jackson, Ben Langmaid, Boi-1da, Dawaun Parker, Denaun Porter, Hi-Tek, J. R. Rotem, DJ Khalil, Mel-Man, Rico Love, RZA, Scott Storch, Nottz e Jake One para o desenvolvimento de um trabalho artesanal, digno de uma despedida de grande estilo…

Enquanto artistas importantes da cena compõem suas participações no repertório, Dre nutre seu público com pequenas doses do que virá a ser um dos álbuns de Rap mais aguardados desta última década. Primeiro veio a público o single que deu origem ao vídeo de “Kush”, em dezembro do ano passado, com as participações de “Snoop Dogg” e “Akon”. Por fim, com lançamento oficial em 24 de fevereiro deste ano, o single I Need a Doctor” se transforma também em vídeo, emplacando no You Tube com quase 3.540.000 visitações em pouquíssimos dias de exibição. Em I Need a Doctor, que conta com as participações inusitadas de “Eminem” e a cantora “Skylar Grey”, Dr. Dre faz uma premonição de sua própria morte, algo já protagonizado individualmente por outros rappers como o finado “2Pac Shakur” e “Snoop Dogg”, que, coincidentemente foram produzidos por Dre. No entanto, Dr. Dre procurou trazer uma versão diferente de sua morte, propondo uma espécie de ressurreição impulsionada pelos versos marcantes de Eminem… IMPERDÍVEL!

Nascido em 18 de fevereiro de 1965, no cruel bairro de Compton, Los Angeles, André Romelle Young, conhecido universalmente como “Dr. Dre”, iniciou sua carreira na música como DJ no Eve After Dark, boate situada em sua cidade. “Lonzo”, proprietário da casa, contratou Dre e outro DJ residente conhecido como “Yella”, para juntamente com o DJ/ Emcee “Cli-N-Tel” formarem em 1983 o grupo de Electro Funk “World Class Wreckin’ Cru”. Toda a produção ocorria nos fundos do clube, onde havia um mini-estúdio de 4 canais. O sucesso de “Turn Off The Lights” garantiu ao grupo sua inclusão no  top 40 R&B dos EUA. Mas o tempo passou e o World Class Wreckin Cru aos poucos foi deixado de lado por Dre e Yella, que buscaram novas oportunidades na “Ruthless Records”, selo musical fundado em 1987 pelo rapper “Eazy E”, com verba proveniente do tráfico de drogas. Eis que surge então o grupo “N.W. A” (Niggaz With Attitude) cujos integrantes eram Dr. Dre, DJ Yella, MC Ren, Ice Cube e o próprio Eazy-E. Devido ao excesso de realidade, suas músicas se tornaram uma espécie de hino das ruas e mesmo não obtendo apoio da mídia, muito menos da MTV, o NWA se transformou na principal referência do que viria a ser conhecido como Gangsta Rap, gênero Rap considerado pela crítica como hedonista e violento. “N.W.A And The Posse” (1987), “Straigh Outta Compton” (1988) e “Efil4Zaggin” – Niggaz4Life ao contrário – (1991) se tornaram a trilogia  musical do grupo, toda ela produzida pela dupla Dr. Dre e DJ Yella. Ainda na Ruthless, Dr. Dre também produziu o álbum do grupo “Above The Law” e do rapper “The D.O.C.”. Desentendimentos freqüentes entre os integrantes culminou no fim definitivo do N.W. A, em 1991. Sendo assim, ainda em 1991, Dr. Dre se une ao produtor executivo “Marion Suge Knight” e funda o selo de gravadora “Death Row Records” arriscando em 1992 seu primeiro produto solo nela, “The Chronic”, álbum que contribuiu para a expansão do estilo “G-Funk” (ritmo lento e muito melódico, composto por sintetizadores, vocais femininos e samples do estilo P-funk) e revelou o jovem de rimas mansas, “Snoop Dogg”. Com o sucesso garantido de The Chronic (3x Platina), Dre avançou em produções importantes como o álbum “Doggystyle”, primeiro álbum solo de Snoop, além de mixar o álbum da dupla “Tha Dogg Pound” e contribuir em 1995 para a construção de clássicos, como foi o single (2x platina) “California Love”, de 2Pac, que contou com a participação do imortal “Roger Troutman” no vocoder.

Mas os desentendimentos constantes entre Dre e Suge Knight colocaram por fim a relação de sociedade entre ambos, pelo fato de Dre se sentir lesado pelo sócio nos ganhos, já que seu desempenho como produtor era bem maior. Tupac é assassinado em setembro de 1996 e Suge Knight é preso e assim a Death Row decai. Neste mesmo ano Dre funda a “Aftermath Entertainment” e lança “Dr. Dre Presents the Aftermath”, compilação que destacou a faixa “Been There, Done That”, na voz do próprio Dre, que com apoio de seu videoclipe se tornou um dos clássicos do Rap Internacional. Com o crescimento da Aftermath, grandes nomes como “Eminem” e “50 Cent” emergiram e se tornaram um dos principais títulos de vendagem da gravadora. Em 1999 foi a vez do sêxtuplo de platina “2001”, também conhecido como “The Chronic 2001”, que contou com as participações especiais de Snoop Dogg, Kurupt e Eminem emplacando a vendagem de 516.000 cópias, só na primeira semana.

Mesmo que Dr. Dre pendure suas chuteiras a partir de Detox, o rapper já declarou para a imprensa que deixará os palcos, mas não a carreira de produtor de novos talentos do Rap, algo que pelo qual exerce com grande competência…

DJ TR.

http://www.youtube.com/watch?v=2AiL3KPeLYw

Sobre DJ TR

Além disso, veja

Campo Grande vai ficar pequeno com a presença do Raiz Coral…

Eles são oriundos da mesma região do rapper Mano Brown, o Capão Redondo, localizado ao …

Deixe um comentário